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Bolsonaro: Único saidão que pode existir é o ”da cela ao pátio da prisão”

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Bolsonaro: Único saidão que pode existir é o ”da cela ao pátio da prisão”

O presidente Jair Bolsonaro defendeu, nesta quinta-feira (3/10), a aprovação do pacote anticrime formulado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e disse que as novas regras para o combate à criminalidade são importantes para mudar a avaliação de órgãos de justiça e do Ministério Público com relação aos autos de resistência, as chamadas mortes em decorrência de atividade policial. De acordo com ele, quanto maior for a quantidade de autos de resistência de um agente de segurança pública, maior é a sua produtividade.

“Vejo ativismo em alguns órgãos de justiça e no Ministério Público, de buscar transformar auto de resistência em execução. É doloroso ver um policial, chefe de família, preso por causa disso. Muitas vezes, um policial é alçado para determinada função, e vem a imprensa dizer que ele tinha 20 autos de resistência. Ele tinha que ter 50”, declarou Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta manhã de lançamento da campanha publicitária do pacote anticrime.

Para o presidente, “isso tem que deixar de acontecer”. “Isso é sinal de que ele trabalha, que ele faz sua parte e que ele não morreu. Ou queria que nós providenciássemos empregos para a viúva?”, questionou. “Ninguém quer impor nada. Queremos mudar a legislação para que a lei seja temida pelos marginais e não pelo cidadão de bem. Esse é o espírito do projeto de lei e o objetivo do lançamento da propaganda”, reforçou o chefe do Executivo federal.

O presidente ainda citou as visitas que fez ao Presídio José Frederico Marques, unidade prisional no bairro de Benfica, na Zona Central do Rio de Janeiro, para criticar os “excessos” contra a atuação de agentes de segurança pública.

“Conversando com homens da segurança e com policiais e bombeiros presos, tive a certeza de que dentro tinha muito inocente. Basicamente, ocorrem excessos. Pode, de madrugada, um policial dar mais de dois tiros e ser condenado por excesso? É um absurdo isso”, ponderou.

Ainda usando o Rio de Janeiro como exemplo, ele disse que a alta criminalidade é a grande preocupação de quem vive na capital carioca. “Não raras vezes, fui ao Cemitério Jardim da Saudade ver o enterro de policiais. Tenho certeza em que havendo, e haverá, consentimento do parlamento, a proposta será aprovada e aqueles que, porventura, quiserem praticar crimes, vão pensar muito antes de cometer, porque eles saberão que, uma vez cometendo, saberão que certas regalias não existirão mais, como a do saidão”, analisou. Segundo o presidente, o único saidão que pode existir é o “da cela para o pátio da prisão”. (Informações Correio Braziliense)