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Coronavírus: Por que o vírus afeta o olfato e o paladar?

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Coronavírus: Por que o vírus afeta o olfato e o paladar?
Perda de olfato e paladar são sintomas da Covid-19 Foto: Pixabay

A perda do olfato, conhecida pelos médicos pelo termo anosmia, e a falta de paladar, chamada de disgeusia, são relacionados à infecção do novo coronavírus. Eles afetam tanto pacientes graves quanto com sintomas leves.

A apresentadora Mari Palma, da CNN Brasil, e a cantora Preta Gil foram algumas famosas que relataram a falta de olfato e paladar quando foram infectadas. Os sintomas foram os primeiros que elas sentiram, antes mesmo do teste dar positivo para a doença.

O estudante universitário Daniel Würzler, de 20 anos, foi infectado pela Covid-19 e precisou ficar isolado da família dentro de casa. Ele teve sintomas leves, mas, entre eles, a perda do paladar. Ele mora na cidade do Rio de Janeiro e contou ao Pleno.News qual foi a sensação.

– Eu senti a perda do paladar sim e foi um pouco estranho não sentir o gosto da comida. Minha irmã e minha mãe faziam minha comida e deixavam na porta do meu quarto porque eu fiquei “fechado” durante duas semanas. Aí parei de sentir o gosto, o almoço era só uma textura. Isso foi nos primeiros dias. Durou pouco, voltou depois de uns dias – declarou.

Assim como Daniel, outras pessoas perceberam que o sintoma é passageiro. Em um estudo feito com pacientes hospitalizados na Itália por causa da Covid-19, 70% haviam apresentado perda do olfato ou do paladar nos primeiros dias.

POR QUE OCORRE?
A anosmia e digeusia são manifestadas dependendo da porta de entrada do vírus no organismo. Até onde se conhece o comportamento do novo coronavírus, ele pode infectar qualquer célula do corpo que tenha a presença de uma enzima chamada protease, que acaba facilitando sua infecção ao tentar destruí-la.

A protease está presente em células olfativas e gustativas, que são infectadas pelo vírus e deixam de desempenhar o seu papel.

DURA PARA SEMPRE?
Porém, nenhum dos sintomas é irreversível. No caso do olfato, as células basais podem regenerar suas habilidades em até dois meses. As células gustativas se regeneram em até 14 dias e as novas nascem livres do vírus porque a regeneração é feita a partir de células precursoras, antigas.