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Exportações de SC são recordes para outubro

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Exportações de SC são recordes para outubro

A balança comercial de Santa Catarina registrou em outubro exportações de US$ 831,29 milhões, a maior cifra obtida nesse mês desde o início da série histórica em 1997. Cresceram 14,51% em relação ao mesmo mês do ano passado e 15,57% frente ao mês anterior, setembro. No acumulado de janeiro a outubro, as vendas externas avançaram 3,4% frente aos mesmos meses de 2017. O levantamento junto às estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Cecex) do Ministério do Desenvolvimento foi feito pelo Observatório da Indústria de Santa Catarina.

A expansão das vendas do agronegócio para a China em 130% frente ao mesmo mês do ano passado, com influência da guerra comercial dos EUA com o país asiático, puxaram esse resultado recorde do período. As receitas com os embarques aos chineses com a soja subiram 171%, carnes de aves 21% e carne suína 360%. No período de janeiro a outubro, as maiores receitas lá fora foram obtidas com carnes de aves, que tiveram crescimento de 0,57%, seguidas por soja (23,71%), carne suína (-8,97%), partes de motores (4,94%) e motores elétricos (-1,42%). Este ano, as exportações de SC alcançaram US$ 7,4 bilhões. Os principais mercados foram China (16,6% da receita), EUA (15,2%), Argentina (6,4%), México (4,1%) e Japão (3,9%).

As importações do Estado, que em função da série de portos respondem por mais cargas, alcançaram US$ 1,474 bilhão em outubro, 22,77% superior ao total do mesmo mês de 2017. No ano, somaram US$ 13,06 bilhões. Os itens mais importados no ano foram cobre (13,32%), carros (329,17%) e polímeros de etileno (10,44%). Os principais mercados foram a China, Argentina e Chile. 

Tupy

Tupy traz riqueza do exterior Uma das gigantes em exportações de Santa Catarina é a Tupy SA, de Joinville, fabricante de blocos de motores para veículos pesados, com clientes nos principais mercados globais. De janeiro a outubro respondeu por 4,8% do faturamento de SC com exportações, o quarto maior do Estado, e teve um crescimento de 4,95%.

O balanço da empresa no terceiro trimestre apresentou resultados extraordinários, segundo o presidente Fernando de Rizzo. A receita líquida atingiu R$ 1,3 bilhão com alta de 36,7% frente ao mesmo trimestre de 2017, a geração de caixa de R$ 200 milhões, 107,6% maior e o lucro líquido de R$ 88,6 milhões subiu 16,1% na mesma comparação.

Conforme Rizzo, a receita no exterior cresceu 40,1% no trimestre graças a expansão de vendas e queda do real frente ao dólar. Do total do exterior, 65% veio dos EUA, onde os investimentos empresariais crescem 6,5% ao ano e a construção de residências 4,8%.

 R$ 490 milhões em salários

A Tupy é um exemplo do ciclo econômico positivo que as exportações de uma indústria geram no seu entorno. Vende cerca de 80% da produção ao exterior. A companhia oferece 8,5 mil empregos diretos em Joinville, dos quais 1.800 foram abertos este ano e há ainda 140 vagas para preencher.

No ano passado, em salários, encargos e participação nos lucros pagou R$ 490 milhões. Entre os trabalhadores estão 300 estrangeiros de 13 nacionalidades. A companhia tem, também, mais de 300 fornecedores em Joinville e região. Ao todo, injetou ano passado mais de R$ 800 milhões na economia local. 

– É um dinheiro que a gente está trazendo de fora do Brasil e injeta continuamente na economia do Estado. É uma estratégia de negócio bem construída que se tornou menos dependente do mercado brasileiro – explica Fernando de Rizzo, presidente da Tupy.

 Fonte: Diário Catarinense