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Fogos de artifício causaram 154 internações em SC em 10 anos, aponta pesquisa

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Fogos de artifício causaram 154 internações em SC em 10 anos, aponta pesquisa

Estado – O manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar 154 catarinenses entre os anos de 2008 e 2017, segundo levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com as Sociedades Brasileiras de Cirurgia da Mão (SBCM) e de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). No país, foram mais de 5 mil pessoas. O alerta, divulgado neste mês, integra uma série de ações preparadas pelas três entidades sobre os riscos de acidentes e queimaduras durante as festas juninas e as festividades ligadas à Copa do Mundo.

Com 154 internações, SC aparece com a oitava taxa mais alta do país.  Nos últimos 21 anos, o Brasil registrou 218 mortes por acidente com fogos de artifício. No período, foram 84 acidentes fatais na região Sudeste, seguido de 75 na região Nordeste e 33 na região Sul. Já nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram registrados, juntos, 26 óbitos.

Além de mortes – aproximadamente dez a cada ano –, o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas. Em média, são registradas nos serviços públicos de saúde cerca de 80 internações somente no mês de junho.

— Não há fogos seguros para o manuseio de crianças, elas não devem manipular e nem ficar expostas a nenhum tipo de fogos, mesmo os de classificação livre. As crianças devem saber que fogos são perigosos e que só devem ser manipulados por adultos, seguindo instruções de segurança ou por profissionais. Essa postura é que reduzirá os acidentes de forma eficiente — afirma o presidente da SBCM, Milton Pignataro.

Ranking – Segundo dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIM), nos últimos dez anos 5.063 pessoas foram internadas para tratamento por acidentes com fogos de artifício. Na série analisada, o ano de 2014 foi o que registrou o maior número de acidentes. Naquele ano, o Brasil foi palco da Copa do Mundo, o que pode ter motivado o aumento no número de casos. Em SC, o maior número de casos foi em 2015, com 23 acidentes. No ano passado foram 17.

Entre os estados, a Bahia aparece com o maior número de casos em quase todos os anos. Ao longo da última década, 20% das internações ocorreram em municípios baianos. Outros destaques foram os estados de São Paulo, com 962 casos (19%), e Minas Gerais, onde houve 701 internações (14%).