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Justiça concede liberdade provisória a acusada de tráfico em Capinzal; decisão foi baseada em gestação

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Justiça concede liberdade provisória a acusada de tráfico em Capinzal; decisão foi baseada em gestação

Capinzal – O juiz Daniel Radünz revogou nesta quarta-feira (31) a prisão preventiva de uma das cinco acusadas no processo por tráfico de drogas e associação para o tráfico em Capinzal. A decisão do magistrado foi baseada na comprovação de que Emmanuele Monique Zago dos Santos Silva, 21 anos, é gestante.

Segundo a defesa dela, a ré está com mais de 17 semanas de gestação, e por isso a prisão preventiva seria prejudicial ao desenvolvimento da gravidez. “Entendo que, diante desse quadro, a segregação pode ser prejudicial ao saudável desenvolvimento da gravidez, dadas as possíveis limitações de acesso à saúde e alimentação adequadas ao estado gravídico”, apontou o juiz. Outro fator levado em conta pelo magistrado para determinar a soltura da acusada, foi a informação da necessidade de transferência dela para outra unidade prisional, ainda mais distante de sua residência, justamente em razão da gravidez.

No entanto, o magistrado determinou medidas cautelares, como recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga; proibição de se ausentar da Comarca sem prévia autorização judicial e proibição de manter contato, por qualquer meio, com as testemunhas indicadas na denúncia, pontuando que o descumprimento das medidas impostas poderá acarretar nova prisão.

Além de Emmanuele, foram denunciados pelo Ministério Público José Luiz Forquezato, 61 anos, Juliane Aparecida Forquezato, 31 anos, Mateus Dalsoto, 21 anos e Marcelinho Martins, 19 anos. Os cinco foram detidos em Capinzal no dia 7 de abril em operação conjunta das polícias Civil e Militar. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão em residências nas ruas Máximo Rosseti e Paulo Henrique Mulinetti, ambas no loteamento Colina, onde foram apreendias drogas e dinheiro de origem duvidosa. Quatro suspeitos foram presos através de mandado judicial e um em flagrante.

Conforme a denúncia, os suspeitos, na maioria das vezes, adquiriam drogas em Erechim/RS para vender em Capinzal. O movimento seria intenso de usuários, segundo levantamento do setor de inteligência da Polícia Militar, era intenso, principalmente à noite e de madrugada. As casas onde foram feitas as buscas são no final de rua sem saída, o que facilitava a atuação de “olheiros”. O tráfico, segundo o MP, estaria ocorrendo desde o ano passado. Várias denúncias haviam sido feitas à polícia, e com base nisso, teve início as investigações. Com exceção de Emmanuele, os demais permanecem recolhidos preventivamente no presídio regional de Joaçaba.