Home Destaques Justiça determina saída de famílias do MST de fazenda em Zortéa

Justiça determina saída de famílias do MST de fazenda em Zortéa

0
Justiça determina saída de famílias do MST de fazenda em Zortéa

Zortéa – O juiz da 1ª Vara Cível – Campos Novos, Juliano Serpa, determinou a saída das famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da Fazenda Volta Grande, localizada na comunidade de Volta Grande, interior de Zortéa.

No Poder Judiciário da comarca de Campos Novos tramita uma ação de reintegração/manutenção de posse requerida pela Wagner Agroindustrial Ltda, proprietária da fazenda.

O magistrado negou o pedido do MST de suspensão da ação sob argumento de que o imóvel seria utilizado para fins de reforma agrária, uma vez que na esfera da reintegração de posse a propriedade é irrelevante, bastando a posse que, conforme provado o processo, seria da Wagner Agroindustrial.

O juiz solicitou ao prefeito de Zortéa, Paulo Francescki a disponibilização de ônibus, tratores e caminhões em número suficiente para o transporte das famílias e seus pertences a uma área localizada na comunidade da Linha Volta Grande (campo de futebol de aproximadamente um hectare), devidamente roçado, para acampamento provisório das famílias; um ginásio esportivo localizado no município para que os requeridos permaneçam, até 72 horas após o cumprimento do mandado, diante da impossibilidade de uso imediato do campo de futebol. Ainda, solicitou ao Corpo de Bombeiros de Capinzal a disponibilização de lonas.

As famílias do MST estão na Fazenda Volta Grande desde o dia 6 de setembro. Cerca de cinco meses antes eles haviam sido retirados numa ação de desocupação realizada pela Polícia Militar.

Na tarde desta sexta-feira (18) um oficial de justiça acompanhado da comandante do 26º Batalhão de Polícia Militar de Herval d’ Oeste, coronel Lucimar Savaris e outros policiais, se dirigiram até a fazenda para fazer a notificação dos líderes do MST e mediar uma desocupação voluntária do imóvel, conforme protocolo dos Direitos Humanos seguido pela Polícia Militar de Santa Catarina.

Os líderes do MST negaram, na oportunidade, e disseram que iriam conversar neste fim de semana com as lideranças nacionais do movimento e com o advogado do MST, João Carlos Santin, e que pretendem desocupar voluntariamente até a próxima terça-feira (22) o local. Caso isso não ocorra a PM deverá realizar nova ação de desocupação na fazenda.