Brasil – A maioria das mulheres sempre recebeu salários mais baixos do que os homens, mesmo quando exercem funções idênticas. A novidade é que agora é possível constatar que isso ocorre até em atividades profissionais em que elas são maioria, como professoras de nível fundamental, secretárias e vendedoras de cosméticos.
O estudo “Diferença do rendimento do trabalho de mulheres e homens nos grupos ocupacionais – Pnad Contínua 2018” analisou, em nível Brasil, as horas trabalhadas, a cor ou raça, a idade, o nível de instrução das mulheres ocupadas de 25 a 49 anos. Também foi estudada a distribuição por sexo nos grupamentos ocupacionais e as diferenças de rendimento médio real entre mulheres e homens. Os dados são do 4º trimestres.
Cor e Raça
O estudo mostrou diferença importante na desagregação dos dados por cor ou raça da população ocupada. O rendimento médio da população ocupada de cor preta ou parda correspondia, em média, a 60,0% daquela de cor branca. Dirigentes e gerentes (64,1%) e Profissionais das ciências e intelectuais (60,4%) tinham as maiores proporções de pessoas brancas, enquanto os das ocupações elementares (69,1%) e dos Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios (60,3%) registravam as principais participações de trabalhadores da cor preta ou parda.