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Negada liberdade a casal acusado de envolvimento na morte do filho de dois meses no Loteamento Parizotto

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Negada liberdade a casal acusado de envolvimento na morte do filho de dois meses no Loteamento Parizotto

Capinzal – O juiz da Vara criminal da comarca de Capinzal, Daniel Radünz, manteve em decisão proferida nesta quinta-feira (22) a prisão preventiva do casal Aislan Ribeiro Toldo, 21 anos, e Vanessa Rodrigues da Silva, 22 anos, acusados pela morte do filho Bryan Hemanuel Toldo, de dois meses. O magistrado não acatou o pedido das defesas dos réus por entender que se mantêm os fundamentos que autorizaram a decretação da medida.

A defesa de Vanessa Rodrigues da Silva argumentou que, “como a defesa já ouviu todas as suas testemunhas, sendo que uma delas era ex-mulher de Ayslan e confirmou o perfil violento e ameaçador do corréu, requer seja emprestada a estes autos cópia da decisão que deferiu medida protetiva em favor de […]”.

“Indefiro, por ora, o pedido de revogação da prisão preventiva dos acusados, pois, mesmo após a realização da audiência […], se mantêm hígidos os fundamentos que autorizaram a decretação da medida extrema […], anotou o magistrado.

Aislan e Vanessa estão recolhidos ao presídio regional de Joaçaba. Bryan foi morto no dia 26 de março no loteamento Parizotto em Capinzal. A denúncia do Ministério Público é por homicídio incluindo as qualificadoras “motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima”. Para o MP, Aislan seria o agressor do bebê e Vanessa teria se omitido no dever de agir para evitar o resultado.

A Promotoria Pública requereu que após a instrução criminal o casal seja pronunciado para ir a julgamento popular. Ambos foram indiciados por maus-tratos seguido de morte, mas a promotora Karla Bárdio Meirelles entendeu e denunciou que houve homicídio qualificado. Aislan Toldo foi preso pela Polícia Militar no dia 26 de março, horas depois de confirmada a morte do filho, que havia completado dois meses no dia anterior. Vanessa da Silva foi presa na manhã do dia 27 por policiais civis em cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.

O caso

O bebê foi encaminhado pelos avós ao Hospital Nossa Senhora das Dores, por volta das 4h do domingo apresentando lesões pelo corpo. Entretanto, o bebê deu entrada já sem vida. A necropsia do Instituto Geral de Perícias de Joaçaba apontou a causa da morte por traumatismo craniano. Conforme o delegado José Sérgio de Castilho, a mãe disse que teria deixado o filho na sala aos cuidados do pai, por volta das 2h, e teria ido dormir. Por volta das 4h o jovem acordou a companheira dizendo que o filho não estava mais respirando. Ele disse que teria tentado reanimar a criança, mas não conseguiu. A jovem pediu socorro aos pais que residem nas proximidades, os quais levaram o neto ao hospital.

O suspeito não quis acompanhar o socorro do filho. Ele foi preso pela Polícia Militar por volta das 6h30min na Vila Sete de Julho, quando ia com o pai até o hospital. O corpo do bebê foi enterrado no cemitério da Vila Sete de Julho em clima de forte comoção.

Perícia

Perícia do Instituto Geral de Perícias (IGP) na casa onde aconteceu a morte do bebê com o uso da substância “Luminol” – que identifica a presença de sangue impossível de ser visto a olho nu – no imóvel localizado na rua Romeu Gasser, durou mais de duas horas.

De acordo com o IGP, diversos pontos da casa reagiram ao “luminol” e evidenciaram expressiva quantidade de sangue humano, supostamente do bebê. Em nenhum cômodo da casa teve vestígios de sangue no assoalho, o que descarta a hipótese do bebe ter caído de qualquer altura. Ainda conforme o IGP, as agressões teriam iniciado na sala onde o “Luminol” indicou bastante concentração de sangue no centro no sofá, em seguida na coberta da criança, em toda a extensão de uma carteira de cigarros, no tanque localizado na área de serviço havia intensa quantidade de sangue, além da cuba e da lixeira do banheiro e em volta da pia do banheiro.