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Piratubense faz desenho na madrugada para homenagear Chapecoense

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Piratubense faz desenho na madrugada para homenagear Chapecoense

Piratuba – O adolescente Jonas Blauth, 15 anos, fez um desenho durante toda a madrugada desta quarta-feira (30) para homenagear os jogadores da Chapecoense mortos em acidente aéreo na madrugada da terça-feira na Colômbia.

Morador de Piratuba, Blauth ressalta que ficou chocado com o fato e, nessa circunstância não gostaria de ter feito a arte que ele considera uma “simples homenagem para os anjos do futebol”.

O estudante conta que acordou na terça para ir à aula com a triste notícia. “Passei o dia inteiro na frente da televisão buscando notícias de sobreviventes e de como tudo iria ficar”, detalha.

O desenho mostra o ônibus da delegação da Chapecoense em frente à Arena Condá, numa referência ao palco de grandes conquistas para o Verdão do Oeste. Na parede do estadio dois laços, um verde na cor da equipe e outro preto simbolizando o luto pela morte dos atletas.

O jovem conta que, por algum momento, pensou: “Porque será que foi assim. Bom, Deus quer os melhores do lado dele e para um amistoso sagrado precisava dos melhores”.

O desenhista reitera que tenta entender a tragédia no campo existencial. “Eles sabiam fazer isso, aliás, tinham várias missões tanto como tinham pais de família ali, maridos, namorados. Nem tudo são flores”, lamenta.

Jonas Blauth afirma que quando começou a fazer a homenagem no papel o choro tomou conta de si. “Escutei o hino do time, me abalou mais ainda, mas a madrugada era inacabável para terminar a homenagem o mais rápido possível”, enfatiza.

O piratubense acredita que tudo na vida dura pouco, mas que as vítimas da tragédia cumpriram suas missões na Terra. “Deixo o meu gesto de solidão e tristeza, homenagem à grande Chapecoence”, finaliza.

Corpos chegarão a Chapecó antes do fim de semana

Uma força-tarefa do governo brasileiro desembarcou na madrugada desta quarta-feira em Medellín, na Colômbia, para ajudar nos trâmites de reconhecimento e envio ao País dos corpos das vítimas do desastre aéreo com a delegação da Chapecoense. Um dos presentes do grupo, o embaixador do Brasil na Colômbia, Julio Bitelli, afirmou que a previsão é encerrar o trabalho antes mesmo do fim de semana.

O acidente com a equipe de Santa Catarina foi na madrugada de terça, a poucos quilômetros do aeroporto José Maria Cordova, em Rionegro, região metropolitana de Medellín. Segundo Bitelli, não será necessária a vinda da família para ajudar no reconhecimento.
“As famílias estão em uma situação muito delicada. Procuramos evitar que venham à Colômbia para evitar um esforço adicional. Como a identificação será com base nas impressões digitais e documentos, não será necessário a presença delas”, explicou.