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Polícia Civil abre investigação para apurar morte de piloto em prova de arrancada

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Polícia Civil abre investigação para apurar morte de piloto em prova de arrancada

Chapecó – A Polícia Civil de Santa Catarina abriu investigação para apurar as causas da morte do piloto Ivan Possamai Júnior durante a terceira etapa do Campeonato Sul-Brasileiro de Arrancada, em Chapecó. O caso está a cargo da 3ª Delegação de Polícia de Chapecó.

A abertura das investigações foi confirmada na tarde desta segunda-feira (5), por meio de nota enviada à imprensa. O inquérito vai apontar se há ou não responsabilização criminal. Haverá análise da estrutura e das normas de segurança do evento. O carro ficou destruído e está submetido à perícia, junto ao IGP.

Informações detalhadas das diligências permanecerão preservadas inicialmente, para resguardar as provas. A Polícia Civil informou que também serão ouvidas testemunhas. O delegado Willian Meotti, da 3ª DP, está à frente dos trabalhos.

O competidor Ivan Possamai Júnior perdeu a vida na manhã do último domingo (4), durante prova na pista Dragway, no parque de exposições da Efapi. O veículo não parou e bateu no guard rail, em blocos de concreto e em poste de iluminação, no fim da área de frenagem. O piloto morreu no local.

Ivan Possamai Júnior tinha 42 anos e morava em Cascavel (PR), onde a sua família é proprietária de um cartório. Ele deixa um casal de filhos. O piloto competiu com um veículo Volkswagen Gol, na categoria dianteira turbo A. O corpo de Ivan foi sepultado na tarde desta segunda na cidade paranaense.

Polo no Sul do Brasil

Chapecó é um dos principais destinos da modalidade de arrancada do Sul do País. As provas do último fim de semana iniciaram ainda no sábado (3) e atraíram cerca de 100 pilotos. Em março, a maior cidade do Oeste recebeu a abertura do Catarinense de Arrancada, que reuniu competidores dos três estados do Sul, mais São Paulo e Mato Grosso.

Espaço cedido

A pista Dragway fica em área pública, mas está sob os cuidados do Chapecó Motor Clube. Em 2007, após aprovação da Câmara de Vereadores, o então prefeito João Rodrigues autorizou cessão de uso ao CMC pelo período de 20 anos.

CMC e Fauesc afirmam que pista atende às normas técnicas

A terceira etapa do Sul-Brasileiro de Arrancada foi promovida pelo Chapecó Motor Clube (CMC) e coordenada pela Federação de Automobilismo do Estado de Santa Catarina (Fauesc). As disputas foram canceladas após o acidente. As duas entidades divulgaram nota em conjunto, ressaltando que o local obedecia às normas técnicas esportivas.

“A pista e sua área de frenagem estão devidamente homologadas e vistoriadas com todas as licenças e seguros, guard rail devidamente instalados e com reforços de concretos de três toneladas em suas bases”, publicaram o CMC e a Fauesc, que classificaram o fato como “fatalidade”.

“Não sabemos se ocorreu alguma coisa com o piloto antes do acidente, mas sabemos que ele não abriu o pára-quedas e não fez uso de nenhum dispositivo que diminui a aceleração e que o impacto pode ter ocorrido a 220 km. No local, averiguamos que a borboleta estava funcionando e que o conta-giros estava travado nos 7.800 giros”, acrescentou a nota.

O Chapecó Motor Clube e a Fauesc disseram que esperam o laudo pericial para entender o ocorrido e registraram “profundo sentimentos a todos os familiares”. Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros comunicou que havia alvará de funcionamento para a realização do Sul-Brasileiro de Arrancada. (Informações Diário do Iguaçu)