Capinzal – O vereador Bruno Michel Favero (SD) levantou na sessão desta terça-feira (12) da Câmara de Capinzal um assunto que vem gerando descontentamento em grande parte da população:o atendimento no plantão médico do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).

Favero tomou conhecimento de um relato encaminhado por um internauta através do Facebook: “Boa noite! A cidade de vocês é muito bonita, mas o atendimento na emergência do hospital e péssimo, pessoas despreparadas para atender a comunidade. Sou de Lages, minha filha precisou de atendimento, esperamos mais de uma hora e não fomos atendidos. O médico estava almoçando e não poderia atender. Vocês da mídia tem que lutar paro povo não sofrer na mão dessas pessoas grossas e despreparadas. Obrigado!”, relatou Fabiano Junior Maia.

A partir desse depoimento outros internautas passaram a se manifestar concordando com a debilidade no atendimento do HNSD.

Diante das intensas reclamações nesse sentido o parlamentar fez um pedido de informações, direcionado à secretaria de Saúde do município, para ser encaminhado à direção do Hospital Nossa Senhora das Dores.

Favero quer saber quantos são e qual a qualificação dos profissionais que atendem na portaria do plantão médico; quantos funcionários efetivos possui o HNSD em seu quadro de colaboradores; quais são os médicos que estão na escala de plantão com seus respectivos CRM’s; valores repassados pelo município aos médicos plantonistas e valores repassados pelo município para materiais e insumos do HNSD.

Conforme Favero, devido à alta incidência de reclamações de pacientes em relação ao plantão médico se tornam necessárias as informações solicitadas para as devidas providências futuras.

“Eu sei que isso é polêmico, na verdade, porque muitas vezes aqui a gente, todos aqui se empenharam em ajudar o Hospital Nossa Senhora das Dores, mas eu vejo da seguinte forma, senhores vereadores, quando tem o problema, nós temos que encarar, as reclamações são diárias, eu estou na área da Saúde há 20 anos tenho estabelecimento aqui no centro da cidade e praticamente todo dia eu estou recebendo reclamação do plantão, do atendimento, da forma que são atendidas as pessoas”, comenta.

O vereador destaca que nenhum cidadão deve ser tratado mal em qualquer que seja a repartição. “Não seria público o hospital, mas existe dinheiro público injetado lá, porque é um dinheiro público, é um dinheiro do cidadão”, completa.

Favero enfatiza que não está acusando ninguém e tampouco generalizando. “Eu sei que daqui a pouco as distorções vão aparecer futuramente. Não estou denegrindo a imagem de ninguém, mas é fato que as coisas estão acontecendo de uma maneira que não é favorável à nossa população, então eu me sinto na obrigação de fazer esse pedido de informações”, reitera.

O vereador explicou que deverá apresentar algumas situações verificadas em outros municípios e que, segundo ele, deram certo na parte do plantão médico no intuito de um atendimento de excelência.

“As pessoas estão preferindo ir a Joaçaba a ser atendido em Capinzal”, lamenta. Favero salienta que todos os vereadores estão empenhados em fazer o melhor, mas que existem erros que precisam ser corrigidos. Para o parlamentar, o atendimento no HNSD deve ser qualificado para atender à expectativa e necessidade do cidadão ou paciente.

“Um médico ganha para fazer o plantão, ele não ganha para dar coice na nossa população. Ele não ganha para ficar dormindo e a população esperando uma hora para ser atendida, o que é isso? Cadê o juramento dele na Medicina?”, indaga.

Favero pontua que o assunto levantado é de relevância para a população. “E não é uma situação à toa porque a reclamação é diária”. Ele adianta que irá fazer um plano para apresentar algumas medidas que considera eficazes para melhorar o atendimento à população no plantão médico do HNSD.

Entre as sugestões está a triagem de pacientes para verificar se o caso é de emergência ou não. “Eu também discordo de a população ir procurar o plantão com dor de barriga, por isso o sistema de triagem tem que ser retomado. Na portaria o profissional deve ter qualificação. Se a pessoa chega enfartando, vai mandar esperar? Se não atender na hora a pessoa morre. Cidadão chega com aneurisma, vai esperar? Agora, se a pessoa chega lá com uma dor de garganta ela pode esperar. Então essa triagem serve para isso”.

Por fim, disse acreditar que os vereadores estão fazendo uma legislatura “de grande valia para a população e acho que nós temos que agir nesse caso”, finaliza.