O Brasil fecha 2017 com 48% do mercado de cigarros dominado por marcas ilegais, que entram pelas fronteiras brasileiras e trazem, de carona, o tráfico de drogas e armas e a violência para as cidades.
A informação é do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), que defendem ações conjuntas do mercado, governo e outras instituições para enfrentar o problema e os índices alarmantes.
O aumento do contrabando tem acontecido por uma combinação de fatores: aumento de impostos, crise econômica e fragilidade das fronteiras, diz material das entidades. Por isso, é preciso que ele seja enfrentado em todas estas etapas, desde o reforça na proteção das fronteiras, até a redução na carga tributária do cigarro nacional.
Os impostos representam 80% do valor de um maço de cigarros no Brasil, enquanto no Paraguai, os impostos pagos pelos fabricantes de cigarros são de apenas 16%. Vendido clandestinamente no País, o cigarro paraguaio chega a custar menos da metade do preço do produto legal, um estímulo para o fumante, mas um peso para a arrecadação de impostos.