Representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados, Indústrias de Alimentação e Afins de Capinzal (Sindicadezal) participaram nesta segunda-feira (25) de um encontro com membros da empresa BRF para tratar da negociação salarial. A reunião ocorreu em Videira.

De acordo com o presidente do Sindicadezal, Ludovino Soccol, por se tratar da primeira rodada de negociações não houve acordo entre os sindicatos e a classe patronal.

Na oportunidade foram apresentadas as propostas de revisão do rol das cláusulas, sendo que as sociais permanecem. Já em relação às econômicas, que interferem na questão salarial dos funcionários da empresa, a proposta dos sindicatos é da reposição da inflação (1,76%) mais ganho real de 3%.

A empresa ofertou 1,2% com correção das cláusulas econômicas. “Como é a primeira rodada, foram feitas as explicações, falado sobre o cenário em que está a empresa, Operação Carne Fraca, barreiras econômicas, mercado europeu, greve dos caminhoneiros”, comenta Soccol.

Segundo ele, a empresa informou que algumas plantas estão com férias coletivas, a exemplo de Concórdia e Chapecó, e uma que deverá estar demitindo quase 1,1 mil trabalhadores. “As coisas continuam cada vez mais delicadas, mas nós estamos ainda bem, falando assim, de Capinzal, que não tem comentários de parar de novo ou demissão. Isso é um fato importante para nós”, completa.

A BRF irá reunir os gestores nesta quarta-feira (27) a fim de repassar o cenário da empresa atualmente. “Não tem nada definido, não aceitamos a proposta”, reitera o sindicalista.

A intenção é que no dia 16 de julho, quando haverá nova rodada de negociações, seja fechado acordo para inserir a revisão já para a folha de pagamento de julho. Outra informação repassada no encontro é que no dia 6 de julho não haverá abate na unidade de Capinzal em função da falta de frango para esse dia. O abate será compensado no dia 14 de julho. A partir do dia 9 deverá começar o abate com frangos produzidos por integrados da região de Capinzal.