Capinzal – A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou recurso em favor de Ian Miguel da Silva de Souza. A defesa do réu havia entrada em fevereiro com recurso em sentido estrito querendo a impronúncia do acusado sob argumentação da suposta não participação dele no crime de homicídio ocorrido no centro de Capinzal.

No entanto, os desembargadores, em julgamento nesta quinta-feira (04), rejeitaram o recurso e mantiveram a pronúncia para julgamento popular proferida pelo juiz Daniel Radünz.

Além de Ian será submetidos a júri popular outros dois acusados, Marcelo Mauri de Mattos e Fernando Silva Teixeira. O julgamento dos três está marcado para o dia 01 de junho, a partir das 09h15min no plenário da Câmara de Vereadores de Capinzal. Os três são acusados pela morte de Cidy Amaral da Costa, 26 anos. A vítima foi encontrada morta na tarde do dia 27 de junho de 2016 em uma casa na Rua Nereu Ramos, centro de Capinzal.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o homicídio teria ocorrido porque a vítima teria furtado algumas pedras de crack e uma quantia em dinheiro de Fernando Teixeira. Conforme consta no processo, Fernando teria oferecido duas pedras de crack ao adolescente para atrair Cidy ao local do crime. Marcelo, armado com uma barra de ferro desferiu um golpe pelas costas contra a cabeça da vítima que caiu no chão. Em seguida Ian, Marcelo e Fernando teriam desferido diversos chutes, socos e pontapés na vítima. Posteriormente, Fernando teria desferido vários golpes com a barra de ferro. Por fim, Marcelo, de posse de uma faca ainda teria golpeado Cidy no tórax. As agressões físicas teriam continuado até que a vítima não resistiu.

O trio está preso desde o dia 28 de junho no presídio regional de Joaçaba. Um adolescente foi apreendido no dia 5 de julho. Cidy Amaral da Costa era do Rio de Janeiro. Segundo familiares ele estava há cerca de três meses em Capinzal. O homem estaria morto há mais de três dias no local onde foi encontrado. Os suspeitos teriam atraído a vítima através do oferecimento de droga, executado Cidy Amaral da Costa e deixado o local, retornando mais tarde para limpar a cena do crime.

Em recente decisão o Tribunal de Justiça de Santa Catarina negou apelação em favor do adolescente de 15 anos envolvido no crime. O adolescente recebeu medida socioeducativa de internação pelo período de três anos. Ele está recolhido ao CASEP de Joaçaba desde o dia 5 de julho do ano passado.