Estado – Terminou nesta segunda-feira (3) o prazo de cinco dias das prisões temporárias de quatro dos 11 presos pela Operação Alcatraz. Foram soltos da carceragem da Polícia Federal, em Florianópolis, Edson Nunes Devincenzi e Luiz Carlos Pereira Maroso. Os outros dois detidos temporariamente, Renato Deggau e Fábio Lunardi Farias, foram soltos ainda na sexta-feira (31).

Além deles, outras sete pessoas foram presas preventivamente, sendo que uma, a advogada Michelle Oliveira da Silva Guerra, saiu na sexta-feira (31) depois de ter a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar, em decisão junto ao TRF-4. Outro detido, Nelson Castello Branco Nappi Júnior, pediu a revogação da prisão, mas a juíza Janaína Cassol Machado negou.

O caso
Na última quinta-feira (30), a Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, deflagrou a Operação Alcatraz, para combater fraudes fiscais em Santa Catarina, praticadas por grupos empresariais que “atuam na prestação de serviços a órgãos públicos adquirindo notas frias de empresas inexistentes, para dissimular o pagamento de propina a agentes públicos”.

A ação foi autorizada pela juíza da 1ª Vara Federal, Janaína Cassol Machado. Foram cumpridos 11 mandados de prisão, sendo sete preventivas e quatro temporárias, e 42 mandados de busca e apreensão, sendo que 180 policiais federais e 45 auditores-fiscais da Receita Federal participaram da Operação, executada em endereços dos investigados e em órgãos públicos.

A origem
Operação Alcatraz teve como base de partida a empresa MABB, cujo sócio principal é João Buatim. Foi identificado que entre 2012 e 2015 companhia registrou movimentação financeira 25 vezes maior do que sua receita bruta. A diferença entre os valores motivou a elaboração de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf). As informações são do Diário do Iguaçu.