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CIALAR está com 12 acolhidos; psicóloga explica ações da instituição

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CIALAR está com 12 acolhidos; psicóloga explica ações da instituição

Capinzal – O Consórcio Intermunicipal Abrigo Casa Lar (Cialar) conta atualmente com 12 acolhidos entre crianças e adolescentes. A informação é da psicóloga Daiani Paula Cardoso. Ela explica que o Cialar é uma instituição de acolhimento com faixa etária de zero a 18 anos. Daiani comenta que a maioria dos casos de acolhimento ocorre por negligência, maus-tratos, abusos e violação de direitos nas famílias de origem.

No abrigo há casos de crianças ou adolescentes destituídos do poder familiar provisória ou definitivamente. Uma equipe técnica acolhe junto com os cuidadores e faz os encaminhamentos da criança e dos adolescentes para escola, atendimento de saúde, entre outros direitos regidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“E essa equipe trabalha com a família de origem que era onde a criança estava antes de vir para o abrigo, para que a família saiba melhor trabalhar quanto à criação, formação dos filhos. Os pais, geralmente, tendem a repetir a forma que foram educados, muitas vezes de forma inadequada nos dias de hoje e por isso buscamos resgatar os princípios de valores para que melhorem”, comenta.

O Cialar é mantido em forma de consórcio envolvendo os municípios de Capinzal, Ouro, Lacerdópolis, Piratuba e Ipira. Nele existem dois programas que são o de apadrinhamento afetivo e o financeiro. “No afetivo a pessoa interessada pode ir até a unidade, preencher um cadastro e se informar, onde ela poder passar momentos junto aos acolhidos oportunizando uma atividade de lazer para a criança. No financeiro a pessoa dispõe de uma condição e queira contribuir com o ‘caixinha’, para sorvete, fotocópia, alguma atividade que não se cobre pela entidade, instigado pelo ato da caridade, bem estar do próximo e compartilhamento que pode estar proporcionando”, detalha.

A psicóloga explica que em casos extremos ocorre a adoção. “O acolhido que está aqui não necessariamente vai para a adoção, tem todo um processo legal por trás. Somente após a destituição familiar é que aí haverá a possibilidade de adoção. Mas, é importante deixar claro que nós buscamos a possibilidade de reintegração, o que aqui passamos a intitular como campo de oportunidade, ou seja, evoluir enquanto humanidade”, ressalta.

Daiani aponta que, caso o acolhido atinja a maioridade, ele tem acompanhamento de três a seis meses para inserção no mercado de trabalho. Três casos assim já foram registrados no período em que a psicóloga atua no local, cinco anos. “É oferecido o aluguel social, de três a seis meses de acompanhamento”, completa.

Em relação a recém-nascidos três casos de mães que renunciaram à guarda dos filhos já foram registrados nos últimos cinco anos. “A mãe vai à assistência social forense e solicita a renúncia. A equipe forense, já avisada, depois do nascimento encaminha a criança ou para a instituição ou para a família adotante”, finaliza.