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Família cobra conclusão de inquérito da morte de trabalhador na igreja matriz de Capinzal

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Família cobra conclusão de inquérito da morte de trabalhador na igreja matriz de Capinzal

Capinzal – Familiares de Joel Francisco Faé, morto em acidente de trabalho na manhã do dia 18 de setembro de 2015 dentro da Igreja Matriz São Paulo Apóstolo de Capinzal cobram a conclusão do inquérito policial pela Polícia Civil. O procedimento instaurado há mais de um ano ainda não foi encerrado para ser encaminhado ao Poder Judiciário.

De acordo com Lucia Mara Faé, irmã da vítima, o inquérito permanece na delegacia. Uma laudo do IGP de Chapecó que deveria estar pronto no último dia 2 para ser anexado ao procedimento ainda não está pronto. Nesta quinta-feira (07), Lucia entrou novamente em contato com o órgão para saber dos encaminhamentos, mas não obteve retorno. A preocupação da família é com o prazo de prescrição de eventual ação judicial. “A perda que eu e meus familiares tivemos é irreparável, que meu irmão era uma pessoa muito servidora para todos”, comenta Lucia.

Segundo ela, comentários maldosos chegaram a seu conhecimento com relação ao acidente com o irmão. “Andam falando que ele premeditou. Sinceridade, não respeitam a dor dos outros”, lamenta.

A irmã de Joel Faé contratou assessoria jurídica para acompanhar o caso e aguarda a conclusão do inquérito para avaliar eventuais responsáveis quanto à fatalidade.

Uma testemunha, que trabalhava com Joel no momento do acidente, relatou que estavam colocando cabos para instalação de internet e que em determinado momento se dirigiu ao lado oposto em que estava a vítima, quando ouviu um barulho e avistou um buraco que se formou no teto da igreja. Através dele visualizou Joel caído sobre o altar, ainda com movimentos. Que essa testemunha ligou para os bombeiros que foram ao local, mas quando chegaram Joel já estava morto. A testemunha afirmou também saber que a vítima prestava serviços voluntários para a igreja.

Outra testemunha que também trabalhava no local disse que Joel caminhava sobre uma camada de cimento que compunha o forro. Relatou ainda que não usavam equipamentos de segurança, pois não havia lugar para prendê-los. Essa testemunha revelou saber que há cerca de dois anos Joel dedicava-se voluntariamente a prestar serviços diários para a igreja, já que não estava trabalhando.

Lucia Mara Faé garante que a igreja não ofereceu nenhum tipo de assistência à família.

O acidente

O eletricista Joel Francisco Faé, então com 32 anos, morreu ao despencar do forro da Igreja Matriz São Paulo Apóstolo. A vítima caiu de uma altura de aproximadamente 15 metros. A tragédia ocorreu por volta das 10h30 do dia 18 de setembro de 2015. O trabalhador realizava a instalação de cabos de internet na parte interna da igreja quando acabou caindo sobre o altar.

O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas chegando ao local constatou que ele já estava sem os sinais vitais. Joel sofreu politraumatismo. A área foi isolada pela Polícia Militar para ser periciada pelo IGP (Instituto Geral de Perícias) de Joaçaba, que recolheu o corpo de Joel para necropsia no IML.

O fato comoveu a população de Capinzal e a comunidade católica. Joel era bastante conhecido pelo voluntariado e possuía grande círculo de amizade.

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