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Fabrício Queiroz pagou Hospital Albert Einstein com R$ 64 mil em dinheiro vivo

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Fabrício Queiroz pagou Hospital Albert Einstein com R$ 64 mil em dinheiro vivo

São Paulo – O ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, que atuava no gabinete do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), pagou com dinheiro vivo o valor de R$ 64,6 mil por sua cirurgia e internação no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Notas fiscais divulgadas pelo jornal O Globo, nesta sexta-feira (24), comprovam o pagamento em espécie pelo procedimento que, ao todo, teria custado R$ 70 mil – o restante foi pago por meio de um cartão de crédito em seu nome.

Queiroz ficou internado, na modalidade “clínica médica”, de 30 de dezembro a 8 de janeiro, para tratar da retirada de um tumor, de acordo com o descrito no documento pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, entidade que administra o hospital.

À reportagem, o ex-assessor alegou que o dinheiro que usou para quitar a conta estava guardado em sua casa e reservado para pagar parte do financiamento de um apartamento em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Suspeitas

O ex-assessor do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro é alvo de investigação por parte do Ministério Público do Rio que apura indícios dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação com organização criminosa. Flávio Bolsonaro também está sendo investigado, por práticas suspeitas na compra e venda de imóveis, que podem ter sido usados para lavagem de dinheiro.

A investigação do MP ganhou mais notoriedade após a recente quebra de sigilo de Flávio, de Queiroz e outras 87 pessoas, aprovada pela justiça com base em uma apuração que se iniciou após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor entre janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Segundo o órgão, as movimentações incluíram transações bancárias com dinheiro vivo e próxima da data de pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Rio e que, até hoje, não tiveram sua origem explicada.

Ao jornal O Globo, a defesa de Queiroz garantiu que seu cliente tem como comprovar os valores movimentados.