Um operador de produção foi condenado a 16 anos e 4 meses de reclusão, em regime inicial fechado, por estuprar a cunhada em um município da comarca de Capinzal. A vítima tinha 10 anos quando o crime foi praticado, em outubro de 2017.
De acordo com o Ministério Público, o caso só veio à tona no final de 2020, quando a menor conseguiu contar para a mãe e a uma funcionária de uma escola. Após meses de investigações, a promotoria denunciou o homem à Justiça. A relação parental entre o réu e a vítima pesou no cálculo da pena, conforme prevê o Código Penal brasileiro.
Segundo as investigações, o autor foi até a casa da irmã mais velha cuidar da sobrinha para que ela pudesse ir a uma consulta médica. A criança foi arrastada para um quarto e abusada sexualmente pelo cunhado. Ela tentou resistir, mas foi intimidada com a seguinte frase: “se você não se entregar eu vou te matar e, se você contar para sua mãe ou sua irmã, também”, relatou o Ministério Público.
A menina teve as roupas arrancadas à força e foi obrigada a praticar conjunção carnal e diversos atos libidinosos com o réu. Ainda conforme a denúncia, ela chorou muito, mas depois disse à irmã que só estava com saudades da mãe, por medo das ameaças que sofreu. Somente três anos depois, conseguiu contar o crime. A vítima tem atualmente 17 anos e o homem, 42.
“Infelizmente esses casos são mais frequentes do que se imagina, mas os autores não ficam impunes quando descobertos. Ao contrário, eles têm sido sentenciados a penas severas, dentro dos limites que a nossa legislação penal impõe. Sempre ressalto que nada apaga o trauma suportado pela vítima, porém a condenação demonstra o trabalho incansável do Ministério Público no combate a crimes tão covardes e abjetos”, disse o promotor Douglas Dellazari.