Maranhão: Facções espalham terror em São Luís e paralisam escolas e universidades

Política

Uma onda de violência em São Luís (MA) deixou ao menos sete mortos e dez feridos desde o último domingo (19). A série de ataques a tiros provocou o fechamento de escolas e universidades, além de instaurar um clima de medo entre moradores da capital e cidades vizinhas.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), os crimes estão sendo atribuídos a facções criminosas rivais que disputam o controle do tráfico de drogas e de territórios na região metropolitana.

Governo reforça policiamento nas ruas

O governador Carlos Brandão (PSB) anunciou o reforço do efetivo policial e garantiu que o Estado “vai agir com rigor contra qualquer tentativa de ameaça à ordem pública”.

“As forças de segurança estão nas ruas, o policiamento foi ampliado em toda a Grande São Luís e não há registros de invasões ou ataques dentro de escolas”, afirmou Brandão.
O secretário de Segurança Pública, Maurício Martins, informou que cerca de 140 policiais militares e civis estão mobilizados em operações permanentes na Cidade Operária — uma das áreas mais afetadas — com o objetivo de prender líderes e integrantes de facções.

“Estamos ampliando as investigações para identificar os responsáveis e coibir novos ataques”, declarou Martins.

Escolas e universidades paralisadas
Por medida de segurança, 14 escolas estaduais e sete municipais de São Luís suspenderam as aulas.
Entre as instituições afetadas estão:

Instituto Federal do Maranhão (IFMA)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Faculdades particulares na região da Cidade Operária
As aulas devem ser retomadas na próxima terça-feira (28), conforme avaliação das forças de segurança.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wallace Amorim, afirmou que as escolas estão sendo visitadas por patrulhas e que o policiamento foi reforçado nos horários de entrada e saída dos alunos.

“Pedimos que a população não compartilhe vídeos ou áudios sem confirmação, pois isso amplia a sensação de pânico”, alertou o coronel.

Cronologia dos ataques

Os primeiros ataques ocorreram em São José de Ribamar, Paço do Lumiar e em bairros periféricos de São Luís.

Domingo (19): tiros na Rua 17, no bairro Cidade Olímpica, deixaram quatro feridos.
Segunda-feira (20): homicídios registrados nos bairros Liberdade e Vila Magril.
Terça-feira (21): ataque em frente a um comércio matou um homem e feriu cinco pessoas — entre elas, um adolescente de 13 anos.
Dias seguintes: novos casos foram registrados em Monte Castelo, Vinhais, Vila Janaína, Residencial Maria Aragão, Vila Vitória e Vila Palmeira.
A polícia afirma que os ataques estão relacionados a retaliações entre facções rivais, que estariam disputando o controle de rotas de tráfico e cobrança de “taxas” de segurança.

Clima de medo e busca por controle
Moradores relatam que o clima em alguns bairros é de toque de recolher informal, com comércios fechando mais cedo e ruas esvaziadas ao anoitecer.

Apesar disso, o governo estadual afirma que a situação está sob controle e que novas prisões devem ocorrer nos próximos dias.

 

 

 

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