Estado – A morte de um jovem em uma casa noturna de Florianópolis motivou o deputado Mario Marcondes (PSDB) a propor a proibição do uso de copos e garrafas de vidro em locais voltados para o divertimento onde houver concentração popular, sejam locais públicos ou privados.

De acordo com a proposta, a utilização de outros materiais que não sejam o vidro pode evitar que casos como este venham a se repetir. O projeto de lei prevê recomendações da Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina e multa para o caso de descumprimento.

Na sua justificativa o parlamentar argumentou que o caso de Florianópolis expôs a dura realidade do quão banal são os motivos que tiram a vida de homens e mulheres cotidianamente.

“Obviamente muitos irão alegar que tratar do tema à luz desta fatalidade pode ser superficial, entretanto, muitos de nossos filhos, filhos dos cidadãos e cidadãs de Santa Catarina, eventualmente frequentam shows, espetáculos e festas públicas, e estão à mercê de que alguém fora de si tome uma atitude impensada como esta e acabe por ceifar uma vida inocente e destruir uma família”.

O presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SC (Fhoresc), Estanislau Bresolin, manifestou-se contrário em ofício enviado à Alesc. “Devemos combater a violência, mas não em detrimento a empresários que prezam pela qualidade de seus serviços e ao público que preza por ela”, afirma.

O caso

Um homem foi morto dentro da casa noturna sertaneja Fields na madrugada do dia 28 de março de 2015 em Florianópolis. Conforme a Polícia Militar, o suspeito teria cortado o pescoço do jovem de 25 anos com um copo de vidro. O caso ocorreu no Centro da capital catarinense.

A guarnição da PM e uma ambulância do Samu foram acionadas por volta das 4h40, mas quando chegaram ao local, Diogo de Medeiros já estava morto. Segundo a polícia, o suspeito de 21 anos foi detido pelos seguranças da casa noturna e encaminhado para a delegacia.